Há muito tempo atrás na pré-história, as sociedades eram nômades, dormiam em barracas e eram conhecidos como caçadores-coletores, andavam por aí em bando, alguns até com gados, usufruindo e consumindo o que fosse possível e suficiente para se manterem e seguiam adiante seu caminho. Longos anos depois a sociedade se aperfeiçoou na agricultura, com isso houve aumento populacional e as comunidades começaram a manter um endereço fixo, em meio à natureza. Muita história aconteceu, guerras, revoluções, tecnologias e criou-se as áreas urbanas, que foi ganhando força e hoje representa a realidade da maioria das pessoas, que passaram a morar somente com a sua família.
Se antes dependíamos da natureza para ditar nossas vidas, condições climáticas, quantidade de alimento, incidência de animais, dentre tantas outras questões, hoje estamos cada vez mais distantes, e resolvendo tudo no mercado mais próximo. E o mais perto que temos de aproximação da natureza, dentro de casa, resume-se em pets e plantinhas, que necessitam do cuidado e carinho direto dos seres humanos para as suas necessidades vitais.
Como de nada adianta chorar o leite derramado, cabe a nós, manter salvo o leite que nos resta no copo. Para isso, vamos à medida do possível nutrindo a natureza que nos é oferecida, contemplar e respeitar praias, parques, cada arvore no meio do caminho, se permitir olhar para ela trocar algo. E até mesmo nossos vasinhos, que pode parecer pequeno perto da imensidão de uma floresta, mas para quem cultiva, entende o poder e significado de se manter plantas em casa. A limpeza energética, acompanhar o crescimento da vida, a beleza e a troca que se mantém.
Para isso, ela vai precisar de seus cuidados, já que lhes resta crescer em vasos. Essas plantinhas necessitam de sol, água, troca de carinho e nutrientes. O mais complexo de se oferecer é os nutrientes, porque o processo de fertilização do solo em meio a natureza conta com um ciclo de vidas que giram. Para isso contamos com biofertilizantes que podemos adquirir comprando ou produzindo. Para isso necessitamos das famosas composteiras! As responsáveis por terras ricas e nutritivas em meio a uma casinha urbana, cercada de cimento, eletrodomésticos, livros, discos e muito amor, porque sim! Amor esta em todo canto.
Uma boa alternativa que pode ser utilizada é a composteira, que reverte lixo orgânico em nutrientes para a terra. Composta por uma tampa e três ou mais caixas empilháveis de plástico. A quantidade de caixas e sua dimensão dependem da demanda familiar, sendo as duas que ficam no topo, as chamadas de caixas digestoras, com furos no fundo (é nelas em que acontece toda a "mágica" e os furos são exclusivamente voltados para a migração das minhocas e escoamento do líquido,há também uma caixa coletora, a base, que serve para armazenar o chorume produzido no processo. É um método prático e simples de se fazer compostagem doméstica do lixo orgânico.
Para se ter uma ideia, de acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mais da metade da produção de lixo proveniente das casas brasileiras poderia ser evitada e transformada em adubo se todos fizessem compostagem doméstica. Seria possível economizar muito espaço nos aterros.
Além disso, é uma maneira de reduzir o volume de lixo produzido pela sociedade, destinando corretamente um resíduo que se acumularia nos lixões e aterros gerando mau-cheiro e liberação de gás metano, com efeito estufa 23 vezes mais destrutivo que o carbônicos. E chorume, que contamina solos e aguas. Hoje cerca de 55% do lixo produzido no país é composto por resíduos orgânicos, que sofrem soterramento nos aterros e lixões, impossibilitando sua biodegração.
Uma das maneiras mais pacifica e efetiva de fazer revolução, é nas pequenas mudanças do dia a dia. Fazer localmente e pensar globalmente. Pequenas atitudes que ajudam se virar ações coletivas. Recicle seu lixo, tenha uma composteira e repense seu consumismo. Já mudaria muito o seu peso na Terra. É repensar. Escolher ser aldo positivo ou negativo.
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